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A nossa newsletter de novembro/dezembro trata de um assunto que foi muito intenso na Qualiexpert este ano: relatórios de gás de efeito estufa.

Entre conversas com clientes e parceiros, percebemos algo importante: para muitos, esse tema ainda parece distante, quase um território estrangeiro. Mas não deveria ser assim. Por isso, elaboramos esta newsletter para todos que estão no início da jornada e que precisam de apoio.

E, para quem já é mais avançado, simplificamos alguns trechos sem abrir mão da ciência.

1 – Nós não estamos conectados à natureza. Nós somos a natureza.

Nós respiramos oxigênio e liberamos gás carbônico. As plantas fazem o movimento contrário, na fotossíntese usam o gás carbônico e liberam oxigênio. Nós respiramos o oxigênio das plantas. Esse ciclo permite a vida acontecer.

Nós somos 1 espécie dentro das milhares que existem no Planeta Terra, entretanto somos a espécie que mais destrói o meio ambiente (água, solo, flora, fauna). O nosso consumo desenfreado precisa de recursos naturais para serem atendidos e o planeta Terra tem uma limitação de água doce e recursos naturais.

Reconhecer que fazemos parte da natureza significa também ser responsável por ela.

Vídeo de apoio: Conservação Internacional

2 – Os termos “efeito estufa” e “gás de efeito estufa” são diferentes.

O termo “efeito estufa” trata do processo natural do nosso planeta Terra. Ele mantém o planeta quente para que a vida aconteça, sem ele a superfície da Terra seria congelante. O planeta recebe energia do Sol e devolve parte desse calor ao espaço e uma fina camada de gases retém parte dessa energia, equilibrando a temperatura.

Já os “gases de efeito estufa” são aqueles que intensificam esse processo. Foram reconhecidos em acordos internacionais como os principais responsáveis pelo aquecimento global. Entre eles: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso.

Estes “gases de efeito estufa” surgem de várias maneiras, como por exemplo quando utilizamos no nosso dia a dia equipamentos por combustíveis fosseis (Exemplo: gasolina, GLP acetileno, diesel) ; quando consumimos gases refrigerantes para manter aparelhos de ar-condicionado eficientes e durante os processos agrícolas.

Uma vez emitidos, esses “gases de efeito estufa” se espalham pelo planeta, como açúcar que se dissolve na água. Eles circulam e permanecem por décadas na atmosfera. E ao permanecer, retêm mais calor do que o planeta consegue devolver para o espaço.

É como se estivéssemos reforçando, pouco a pouco, o cobertor que envolve a Terra.

Vídeo de apoio: Nasa

3 – Relação de “emissão de gás de efeito estufa” e “mudança climática”.

A ciência é clara: quanto mais gases de efeito estufa emitimos, mais o planeta aquece.

Enquanto que o “aquecimento Global” é o aumento da temperatura média da Terra devido ao excesso de gases de efeito estufa na atmosfera, “mudanças climáticas” são a consequência e que já estão presente entre nós (chuvas, enchentes, secas).

Vídeo de apoio: Real World Visuals

4 – Matemática e química são disciplinas operacionais para o tema.

A matemática é importante, pois precisamos transformar dados do dia a dia em números de emissão que representam impacto e formas de análise crítica.

Utilizaremos bastante a matemática, pois temos 2 ferramentas: “fatores de emissão” (que convertem o combustível nos 6 tipos de gás de efeito estufa) e o “potencial de aquecimento global” desse gás (Exemplo: o metano aquece a atmosfera cerca de 28 vezes mais que o gás carbônico).

Os “fatores de emissão” e o “potencial de aquecimento global” são definidos e fornecidos por instituições de referência, e o seu papel é apenas aplicá-los corretamente nos cálculos.

5 – Se você trabalha com sistema de gestão, implementar a ISO 14001 é um excelente início.

A norma ISO 14001 exige que avaliemos nossos aspectos ambientais (atividades que influenciam o meio ambiente) e seus impactos ambientais (consequências dos aspectos para o meio ambiente).

É nesse exercício de reflexão que identificamos como nossos “processos” se relacionam com emissões e aquecimento global; e “processos” é um termo comum para a Gestão da Qualidade.

Como adendo, recentemente, a ISO incluiu mudanças climáticas para análise do capítulo 4 – contexto da organização, lembra?

6 – A ciência sempre em movimento, mas a base é essencial.

Alguns documentos são indispensáveis para quem quer compreender o tema:

• ISO 14001:2015, capítulo 6 sobre aspectos e impactos ambientais;
• Documentos da família ISO 14064, principalmente a parte 1 , que declara os requisitos de como elaborar o relatório de gás de efeito estufa
• Documentação disponível no site do Protocolo Brasileiro de Gás de Efeito Estufa (instituição que apoia com diretrizes e a parte matemática dos cálculos).

7 – Não acredite fielmente em calculadores online gratuitas

Elas são excelentes para conscientização do tema, mas para um relatório auditável e certificado é preciso que toda a matemática utilizada esteja transparente, rastreável e disponível, e geralmente essas ferramentas online não apresentam isso.

8 – Não adianta começar sem apoio da Liderança.

Este tema exige tempo, organização, recurso financeiro e muita paciência. Sem o apoio da Liderança para implementar e desenvolver, melhor nem começar 🙂

Por isso que a Liderança é um dos capítulos iniciais das normas ISO e um princípio da Qualidade.

Conclusão

O assunto pode ser realmente complexo e complicado, mas entendendo os fundamentos, acreditamos que você verá resultados sólidos e percebemos que o nosso planeta Terra é a nossa casa comum.

Estamos com vocês nessa jornada! Estude e leia bastante, pois assim poderemos garantir que estamos fazendo a nossa parte no tema.

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