Sapiens na Gestão da Qualidade
Nesta edição da newsletter da Qualiexpert, trazemos insights do best-seller Sapiens: Uma breve história da humanidade da editora Companhia das Letras, de Yuval Harari, aplicados à realidade da Gestão da Qualidade.
Vivemos tempos em que o acesso ao conhecimento nunca foi tão fácil, seja por audiolivro, Kindle ou pelo bom e velho livro em papel. Na Qualiexpert sabemos que mais importante do que como lemos é o que fazemos com aquilo que lemos. Um bom livro tem o poder de mudar nossa forma de pensar, de atuar e de enxergar o mundo.
Abaixo destacamos os 3 conceitos que escolhemos (entre tantos disponíveis no livro) e por isso fizemos a transcrição direta do livro (em itálico) e como essas ideias ganham vida na prática do dia a dia corporativo. Vamos a elas:
Conceito 1: Diferença entre descrever “como” e explicar o “porquê”
Descrever “como” significa reconstruir a série de eventos específicos que levaram de um ponto a outro. Explicar o “porquê” significa encontrar conexões causais para a ocorrência daquela série particular de acontecimentos, e não todas as outras.
Na Gestão da Qualidade: Em uma não conformidade, descrever o “como” ajuda a entender o que aconteceu, detalhar os fatos. Explicar o “porquê” permite melhorar o processo e prevenir novos erros. O “por que?” é fundamental na análise de causa raiz e está presente em na tradicional ferramenta da qualidade.
Conceito 2: Diferença entre “objetivo” e “subjetivo”
Um fenômeno objetivo existe independentemente da consciência e das crenças humanas.
Na Gestão da Qualidade: Um termômetro digital indica que a temperatura do forno industrial está em 345 °C. Esse valor é objetivo, ele pode ser verificado por qualquer pessoa com o mesmo equipamento calibrado, independentemente de crença, opinião ou percepção. Da mesma forma, se um paquímetro mostra que a espessura da peça está em 9,83 mm, esse dado é um fato mensurável e pode ser auditado.
Um fenômeno subjetivo é alguma coisa que depende da consciência e das crenças de um único indivíduo. Ele desaparece ou se altera se esse determinado indivíduo modifica suas crenças.
Na Gestão da Qualidade: “Minha equipe não está motivada” é uma percepção subjetiva, depende da sensibilidade do gestor, de sua relação com os liderados e de fatores emocionais. Outra pessoa poderia avaliar a mesma equipe e ter uma opinião diferente. Para transformar essa percepção em algo mais confiável, é preciso medir: aplicar uma pesquisa de clima, escutar os colaboradores ou observar indicadores de engajamento.
Conceito 3: Cultura e proibições
A cultura tende a argumentar que só proíbe o que é antinatural. Contudo, de uma perspectiva biológica, não há nada que seja antinatural. O que quer que seja possível é, por definição, também natural. Um comportamento que seja de fato antinatural, que vá de encontro às leis da natureza, simplesmente não pode existir e, portanto, não precisaria ser proibido. Nenhuma cultura jamais se deu ao trabalho de impedir os homens de fazerem fotossíntese, as mulheres de correrem mais rápido que a velocidade da luz, ou os elétrons de carga negativa de se atraírem mutuamente.
Na Gestão da Qualidade: Preconceitos estruturais, como desigualdade de gênero em cargos de liderança ou baixa representatividade racial, não são naturais, embora a cultura tente normalizá-los.
Nas frases “Esse cargo exige um perfil mais masculino” ou “Não vamos expor esse tema aqui, pode gerar desconforto”, estamos diante de construções culturais, e não de limitações reais ou biológicas.
A Qualidade tem o dever de questionar padrões culturais que geram exclusão. E pode fazer isso na prática, por exemplo, ao estabelecer critérios claros e objetivos, reduzindo o espaço para julgamentos subjetivos.
Conclusão
A leitura de Sapiens nos mostra que compreender a natureza humana é essencial para transformar um sistema. Na nossa rotina, lidamos com processos, crenças, percepções e padrões culturais que se repetem e, muitas vezes, limitam a melhoria contínua. Ao trazer uma abordagem mais consciente e objetiva, a Gestão da Qualidade pode e deve ser uma ferramenta de mudança real.
Por fim, sempre reforçamos que a leitura é o combustível ideal para identificar pontos de melhoria no nosso sistema de gestão.
Serviços Qualiexpert – Processos que agregam valor
Na Qualiexpert, acreditamos que a Gestão da Qualidade inclui documentos e certificações e é utilizada como ferramenta de transformação cultural organizacional e excelência real.
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